sábado, 18 de outubro de 2008

Quique Flores mexe sem perder a ambição


O treinador do Benfica, o espanhol Quique Flores, confessou ontem, em conferência de imprensa, que a recepção de hoje (20.30, TVI) ao Penafiel, da terceira eliminatória da Taça de Portugal/Millennium, será útil para que o técnico possa observar alguns dos futebolistas menos utilizados do plantel dos encarnados. "Vou fazer alterações, pois entendo que é um jogo importante para ver jogadores que não têm jogado. Reyes e Suazo podem participar no jogo e ficam de fora alguns dos jogadores que vieram das selecções, uma vez que o descanso também é importante", defendeu Quique Flores.Instado a fazer uma análise relativamente ao Penafiel, conjunto que milita, actualmente, na II Divisão B do futebol nacional, o técnico não negou que pouco sabe acerca da formação nortenha, a qual marcou presença, há não muito tempo, no principal escalão do futebol português. "Temos poucas informações [quanto ao Penafiel], não vos vou mentir. Sabemos mais do Hertha [clube alemão que será o próximo opositor do Benfica na fase de grupos da Taça UEFA, na próxima quinta-feira] do que da Liga Sagres. Temos, no entanto, de fazer as coisas o melhor possível e sem subestimar o adversário", disse.O facto de ter revelado que irá proceder a alterações no que diz respeito à equipa que costuma apresentar (o guarda-redes Quim, por exemplo, será substituído na baliza por Moreira ou por Moretto) não retira a ambição ao treinador espanhol. Quique Flores confia no potencial de todos os atletas que orienta, garante que está "encantado com o Benfica" e vinca que uma das suas metas é atingir a "final" da Taça de Portugal. "Quando treino uma equipa penso que todos os elementos têm capacidade para estar no plantel. Seria decepcionante se não tivesse confiança neles. Estou muito contente e seria bonito chegar à final [da Taça de Portugal]", referiu.

Há dinheiro para investir em Janeiro


Os tempos que vivemos são de crise… mas não no Benfica. Em entrevista ao Público, Domingos Soares Oliveira apresenta um cenário financeiro desafogado. Em relação à folha salarial, por exemplo, o administrador da SAD garante que são cumpridas as recomendações emitidas sobre a matéria. "O antigo G-14 recomendava uma massa salarial de 50 a 55 por cento das receitas. O nosso total de receitas é de 80 a 100 milhões e a massa salarial é inferior a 30 milhões", explicou, garantindo ainda que o clube não está dependente da venda de jogadores ou sequer de uma ida à Liga dos Campeões. "Nas duas idas à Champions em 2005/06 e 06/07 atingimos 15 a 16 milhões de euros [média anual das duas épocas]. Se formos à Taça UEFA, esse valor é menor, mas também tem um peso significativo. Só a eliminatória com o Nápoles deve ter rendido cerca de 1,5 milhões de euros e, no mínimo, metade do valor da Liga dos Campeões será atingido. E se formos às meias-finais poderemos estar perto dos 16 milhões de euros", explicou. Soares Oliveira garantiu ainda que "há capacidade" financeira para fazer reajustes no plantel, em Janeiro, informando também que está a ser discutida, "com mais do que uma entidade", a possível venda do nome do Estádio da Luz a uma empresa.

Léo até já comprou casa


Léo tem ficado de fora das opções de Quique Flores, algo a que não estava habituado na Luz, mas nem assim pondera abandonar o Benfica. O técnico espanhol optou por dar uma oportunidade a Jorge Ribeiro, frisando que faria bem a Léo ficar um período fora da equipa, para analisar da melhor forma a estratégia do conjunto encarnado. Triste por não jogar, o camisola cinco está, porém, determinado a trabalhar no duro para recuperar a titularidade no clube da Luz, onde tenciona terminar a carreira. O defesa já comprou, aliás, casa em Lisboa, e tenciona manter a ligação com Portugal depois de acabar a carreira.
Léo tem vivido momentos difíceis devido aos problemas de saúde dos seus pais, mas apesar de não poder contar com o apoio destes na capital lusa - aproveitou a interrupção no Campeonato para viajar até ao seu país e recuperar ânimo - está decidido a provar o seu valor na Luz, ao contrário da notícia avançada ontem pela Rádio Renascença, segundo a qual os encarnados já estariam à procura de um substituto para o lateral-esquerdo. "Sair do Benfica está completamente fora de hipótese. Léo tem contrato por dois anos e vai cumpri-lo", afirma Robson, que trabalha com o empresário do defesa, Iko Martins. O colaborador do agente brasileiro esclarece que "Léo vai ficar e até já comprou casa", sublinhando: "Se quisesse sair, tinha saído no Verão, pois havia muitos clubes interessados, como o Fluminense, o Santos ou o Cruzeiro."Robson revela que "não houve quaisquer conversas com clubes brasileiros" durante este período e atira que "nem há possibilidade de existirem", pois "o Léo não quer sair, quer acabar a carreira no Benfica e ficar a residir em Lisboa". Os encarnados depositam total confiança na qualidade e lealdade de Léo - a renovação do seu contrato foi a primeira medida oficial e uma das grandes apostas de Rui Costa - não existindo qualquer problema entre o defesa e Quique Flores. Robson admite que "Léo queria estar a jogar", realçando que o defesa "sabe que agora tem de trabalhar forte e esperar uma nova oportunidade do técnico, que tem sido impecável, pois vê como a equipa está a jogar".

Zé Gato na baliza


Por alguns minutos, José Henrique voltou ontem à baliza. O popular Zé Gato foi homenageado pelos serviços prestados ao Benfica e ao futebol português, no Estádio do Bravo (Seixal) e aproveitou para “conviver com velhos amigos e também adversários” num jogo que opôs o Sport Saudade e Benfica a uma equipa de amigos do antigo guardião.Com as presenças, entre outros, de José Augusto, Mozer, Veloso, Carlos Manuel, e Hernâni, a maior surpresa para Zé Gato surgiu instantes antes do apito inicial. O seu filho, Henrique José, veio de propósito de França para participar na homenagem ao pai e rendê-lo, depois, na baliza da equipa de antigas glórias do Benfica.