quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Nuno Gomes: Livre em Janeiro


Nuno Gomes está a três meses de ficar livre para decidir o futuro. O capitão é o único jogador do plantel que termina contrato em 2009 e o Benfica ainda não lhe apresentou qualquer proposta tendo em vista a prorrogação de uma ligação que se iniciou em 1997 e conheceu dois anos (2000 a 2002) de intervalo.Em entrevista concedida a Record a 19 de Julho último, Nuno Gomes afirmava ter tido uma conversa com o presidente benfiquista, Luís Filipe Vieira, sobre a renovação e outra “muito informal” com o director desportivo, Rui Costa.A verdade é que o processo não conheceu avanços, estando mesmo em suspenso, apesar de os encarnados estarem atentos à situação do carismático futebolista. E, não obstante as conversas, a Nuno Gomes não chegou qualquer proposta de renovação.

Redução de ordenado

Nuno Gomes, de 32 anos, é o único jogador do plantel benfiquista que termina contrato no final da temporada – as situações de David Suazo e José Antonio Reyes são diferentes, pois vieram emprestados, por Inter de Milão e At. Madrid, respectivamente. Assim, se até Janeiro não houver acordo, o internacional português pode escolher outro clube.Em 2005, Nuno Gomes assinou pelo Benfica novo contrato, prolongando a ligação ao emblema da águia até 2009. Nessa altura, aceitou baixar substancialmente o ordenado, em consonância com a política de rigor definida pela SAD. Nuno Gomes apostou forte nesta temporada e é já um dos melhores marcadores do Benfica, com 2 golos. Ele já fez saber que deseja terminar a carreira na Luz. “Mas se não for possível, vou embora e continuarei benfiquista na mesma”, disse, na mesma entrevista.

Martínez: «É lindo ir para o clube onde joga o meu ídolo»


Cristian Martínez está nas Honduras à espera de instruções do seu representante para viajar para Lisboa, “ainda esta semana”. Apesar do interesse demonstrado pelo Cagliari (clube com o qual tem contrato) nos últimos dias em oferecer-lhe uma melhoria contratual, o avançado de 18 anos acredita que o seu destino é o Benfica, onde será integrado nos juniores.“É lindo ir para o clube onde joga Suazo. É o Rei, o meu ídolo. No Benfica quero evoluir e melhorar o meu futebol”, afirmou, salientando que quando chegar a Lisboa vai “falar com o David.”Segundo o internacional Sub-20 das Honduras, “faltam pequenos pormenores” para que a transferência fique selada: “Não sei por quantos anos vou. Estão à espera que eu chegue para definir isso com o meu empresário.”

A defesa de Quique


Em vésperas do dérbi da Luz, com o Sporting, o Benfica assinou a primeira vitória oficial da época e aliviou alguma pressão sob os ombros. Essa, pelo menos, foi a preocupação de Quique Flores após o triunfo em Paços de Ferreira. Mesmo que a equipa encarnada tenha encaixado, pelo segundo jogo consecutivo, 3 golos. A permeabilidade defensiva será, aliás, o facto que tirará mais sono ao treinador espanhol, até pelas voltas e reviravoltas que Quique tem feito na constituição do seu quinteto recuado.Por força de castigos (Luisão e Katsouranis) ou lesões (David Luiz), o guardião Quim e o uruguaio Maxi Pereira – um médio-direito interior reconvertido a lateral-direito – são os únicos titulares totalistas da defesa esta época. Com um pormenor: Maxi até fez de lateral-esquerdo no aperto final do clássico com o FC Porto. Na esquerda, Léo foi surpreendentemente relegado para o banco no último jogo, enquanto no centro da defesa a rotação tem sido ainda maior.

Dupla teenager

Quique começou por apostar no par Luisão/Katsouranis (Rio Ave e FC Porto), alterou para Luisão/Sidnei (2.ª parte do FC Porto e Nápoles) e segunda-feira voltou a mudar para Miguel Vítor/Sidnei (P. Ferreira), uma dupla teenager (19 anos ambos e o brasileiro é sete dias mais velho que o parceiro português) que se perfila, para já, como a mais provável para o dérbi de sábado. A não ser que Katsouranis, de regresso à equipa após castigo, volte a ser opção para o centro da defesa.O voto de confiança de Quique nos seus jovens centrais foi evidente no final do jogo em Paços, reforçando o moral destes para o embate seguinte, precisamente frente ao Sporting. “Fizeram um dos melhores jogos do Benfica”, afirmou o treinador espanhol disfarçando, assim, as lacunas deste arranque de época: a falta de um segundo lateral-direito (Ruben Amorim fez a posição contra o FC Porto) e a ausência de outro central com o capital de experiência de Luisão.

8 golos sofridos

Frente ao Paços, o Benfica marcou 4 golos – um recorde esta temporada (pré-época incluída) – dois dos quais com a colaboração activa da defesa (Maxi e Jorge Ribeiro). Já Luisão havia marcado em Nápoles (derrota 2-3). Mas o saldo entre marcados e sofridos continua empatado: 8 para cada lado. São, de resto, estes 8 golos sofridos que mais perturbam a tranquilidade encarnada, apesar de alguns concedidos de forma infeliz, até mesmo pelo actual titular da baliza na Selecção Nacional.

Yebda e Martins: Confiança ilimitada


Na época passada, ninguém poderia imaginar que a dupla de médios-centro do Benfica 2008/09 seria constituída por um tal de Hassan Yebda, do Le Mans, e por Carlos Martins, do Recreativo Huelva. No ano anterior, menos ainda: o francês não tinha feito um jogo sequer no Championnat e o português ainda pertencia totalmente ao rival Sporting. Hoje, são os dois, até ver, indiscutíveis no meio-campo de Quique Flores.Além deles, só Quim e Maxi Pereira jogaram como titulares nas quatro partidas dos encarnados nesta época. Mas não é de prever que se ande a mudar constantemente de guarda-redes. E na lateral-direita, com a saída de Nélson, não há alternativa sólida ao internacional uruguaio.

A ordem é para cruzar


Mais de 13 horas volvidas do final do encontro com o Paços de Ferreira, Quique Flores iniciou ontem, no terreno, a preparação para o dérbi de sábado. Sem os titulares, a ordem foi para cruzar.O treino estava marcado para as 11.30, mas iniciou-se uma hora depois, após os jogadores terem realizado trabalho em ginásio. Privado dos 11 jogadores que alinharam de início na capital do móvel (recuperação activa no ginásio) e dos lesionados David Suazo e David Luiz ausentes, o treinador espanhol orientou uma sessão para 14 jogadores. E no período aberto aos jornalistas, insistiu nos lances pelas alas. Quer pela esquerda, quer pela direita, os encarnados ensaiaram jogadas rápidas, que terminavam com centros para a área, onde surgiam alguém a finalizar.
Depois de Simão...
A aposta de Quique Flores num futebol desenvolvido pelas alas já começa a dar frutos. Dos 8 golos apontados esta temporada, 7 tiveram origem em centros, incluindo o lance protaginizado anteontem por Ruben Amorim de que resultou a grande penalidade concretizada por Cardozo – a única é excepção é o potente remate de Jorge Ribeiro.Neste capítulo, Reyes começa a assumir-se como um especialista. Dos pés do espanhol já saíram dois passes mortíferos, aos quais Suazo (cabeçada na sequência de um pontapé de canto, em Nápoles) e Nuno Gomes (1.º golo em Paços de Ferreira, culminando lance de combinação entre o camisa 6 e Carlos Martins na esquerda) deram a melhor sequência. Tendo efectuado o caminho inverso ao de Simão Sabrosa, o esquerdino oriundo do Atlético de Madrid começa a revelar-se mais-valia na estratégia de Quique.