segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

Kaká fica por Milão


Com breves mas esclarecedoras declarações, Silvio Berlusconi deu hoje praticamente por encerrada a muito propalada transferência de Kaká para o Manchester City. O presidente do AC Milan garantiu que o brasileiro "não é para vender e ficará" no clube.Foi um dia intenso entre os dirigentes "rossoneri" e os do Manchester City, de várias reuniões na cidade italiana com a presença do pai e empresário do jogador, Bosco Leite, e do próprio jogador.O dia de reuniões terminou com Kaká a saudar as centenas de adeptos que se aglomeraram junto à sede do Milan, numa manifestação pacífica a favor da permanência do internacional brasileiro, que lançou uma camisola "rossonera" para a multidão como prova de fidelidade.Berlusconi confirmou pouco depois à Sky Sports 24: "Kaká quer ficar no Milan, recusando a proposta do Manchester City, que nem precisámos de ouvir. Colocámos um ponto final neste assunto e estou muito feliz porque temos connosco um grande homem. Kaká sente-se 'rossonero' a cem por cento. Demonstrou que tem valor, o dinheiro não é tudo."

Miguel Vítor: «Jogar dá confiança»


Presente no estágio que a selecção Sub-21 está a realizar em Rio Maior, Miguel Vítor não escondeu a satisfação por, ultimamente, ter sido várias vezes opção para Quique Flores"Estou satisfeito. Tenho vindo a jogar ultimamente e acho que isso dá confiança. Nesse aspecto posso dizer que estou feliz", afirmou o central que, quando necessário, também alinha como lateral. Em relação aos trabalhos dos Sub-21, Miguel Vítor enalteceu a integração de "novas opções e outros jogadores que também têm muita qualidade", classificando o estágio como uma oportunidade para "aprender". "Às vezes, só com os jogos não dá para a equipa se entrosar bem e estes estágios servem precisamente para isso. Temos de melhorar jogo a jogo. Quando chegarmos à qualificação para o Europeu queremos estar a 100 por cento das nossas capacidades para tentar seguir em frente", frisou o defesa do Benfica.

Aimar reencontra-se


No final de novembro, a derrota do Benfica frente ao Olympiacos, na Grécia, foi tão estrondosa e humilhante que despoletou várias questões no futebol encarnado. As opções de Quique Flores eram criticadas mas um dos temas lançados à discussão foi, então, a ausência de Pablo Aimar, mais uma num futebolista frequentemente condicionado por lesões musculares.Em Atenas, à saída do balneário, Rui Costa lidava com os microfones e assumia que o caso do internacional argentino estava a ser “estudado”. Porquê? Interessava na altura perceber por que razão um atleta com as características de Aimar estava tão propenso a roturas ou microrroturas, ele que, segundo a sua reputação – e para os responsáveis benfiquistas – até é um atleta cuidado, bastante competente naquilo a que se chama o treino invisível, isto é, como se cuida, alimenta e descansa.Por exemplo, a forma como Pablo foi tratado no Saragoça, quando foi submetido a uma intervenção cirúrgica com o objectivo de corrigir uma pubalgia que lhe tinha sido diagnosticada, pela primeira vez, quando ainda jogava no Valencia, começou a ser alvo de desconfiança no Benfica. Pretendeu-se, então, mapear o historial clínico do jogador, perceber os protocolos de recuperação cumpridos, saber qual o tipo de medicação lhe foi administrada, confirmar qualquer origem das limitações físicas manifestadas – de resto, chegou a ser noticiado em Espanha a existência de contactos entre Benfica e Saragoça, com esse objetivo de investigar, informação depois desmentida por João Gabriel, assessor de imprensa das águias.

Finalmente o regresso

Depois da última paragem, Aimar regressou frente ao Marítimo, no início de dezembro. No último mês do ano, com a sua utilização a ser gerida ainda com pinças, apareceria somente em mais uma ocasião, frente ao Leixões, descansando depois nos embates com Metalist e Nacional, partidas em que nunca saiu do banco. Com a chegada de 2009, o Mago apresenta a melhor forma desde que chegou à Luz e soma a sequência de jogos – Trofense, Vitória de Guimarães, Sporting de Braga e Belenenses, descansando apenas frente ao Olhanense –, que indicia uma nova condição física, consequência da recuperação trazida do ano passado. Como ele próprio confirmaria na semana transata, os problemas físicos parecem ultrapassados...É a Aimar, em parte, que Quique Flores se refere quando realça a existência de futebolistas no plantel encarnado que podem apresentar níveis de rendimento mais elevados, de tal forma que nesta altura nem sequer se entende como uma prioridade o reforço da equipa na janela do mercado de inverno. O argentino parece responder, reencontra-se, e o jogo com o Belenenses, no sábado, deu mais um sinal disso mesmo.

FIFA dá por encerrado caso Dani


O Caso Dani chegou ao fim. A FIFA negou provimento a um recurso do Benfica e os responsáveis encarnados decidiram acatar a decisão, não avançando para nova apelação.Este processo remonta a 2001, quando o antigo médio-ofensivo trocou o clube da Luz pelo Atlético de Madrid.Apesar de o jogador ter sido alvo de procedimento disciplinar, o Benfica entendia ter direito a indemnização. Numa primeira instância, os colchoneros foram condenados a pagar 2,5 milhões de euros (1,9 milhões de euros).Contudo, o Atlético recorreu da decisão para um tribunal suíço, que lhe deu razão – ou seja, nada tinha a pagar. O Benfica optou, então, por avançar para o organismo que superintende o futebol mundial, que negou provimento. As águias já foram notificadas da decisão.

Poupar 1,5 milhões


O Benfica tentará aproveitar esta reabertura do mercado para realizar uma operação que permita à SAD encarnada poupar 1,5 milhões de euros relativos aos ordenados de três jogadores que, por um ou outro motivo, estavam fora das contas de Quique Flores esta época.O objetivo financeiro delineado pelas águias está concluído em dois terços, pois só Marc Zoro ainda não foi colocado noutro clube, situação que as águias procurarão resolver até ao fim do mês. Neste caso, a transferência a custo zero não está afastada, pois foi desta forma que o defesa costa-marfinense chegou à Luz, não havendo perda de dinheiro, exceto aquele que lhe foi pago mensalmente.Quanto a Léo e Makukula, a situação é bem diferente. O lateral brasileiro já rescindiu contrato com os encarnados e está a caminho do seu ex-clube e o avançado luso-congolês foi emprestado ao Bolton, de Inglaterra, ficando os ingleses com a opção de compra, em junho, por 5 milhões de euros. Contas feitas, a transferência de Zoro é também a mais desejada pois, do trio referido, é o africano quem aufere mais na Luz: 100 mil euros mensais, situando-se logo atrás Makukula, com 90 mil, e só depois Léo, com cerca de 60 mil euros por mês.Somando os meses até ao final da época – os clubes pagam até ao fim de junho – chega-se à quantia de 1,5 milhões de euros, valor que a SAD pretende guardar.

Os homens do treinador


Transportando para o Benfica a afamada série televisiva “Os homens do presidente”, Luisão e Katsouranis assumem-se como protagonistas. Os internacionais brasileiro e grego são os homens da confiança do treinador, ao ponto de merecerem públicos elogios de Quique Flores.“Há dois jogadores que são referências deste grupo: Katsouranis e Luisão. São um exemplo. Jogam sempre, treinam-se bem, são profissionais e sempre bem-dispostos”, assinalou o técnico espanhol, no final do encontro com o Belenenses.Flores também admitiu que a equipa está mais segura. Com Luisão e Katsouranis simultaneamente em campo, a equipa torna-se menos exposta aos adversários. O número de golos sofridos baixa drasticamente. Com eles, o Benfica consentiu apenas 8 golos, o equivalente a 32 por cento do total (25).Esta tendência tem-se verificado ao longo da época, mas acentuou-se desde o encontro com o Olympiacos. Com o Girafa lesionado e o camisa 8 excluído, por se encontrar a “70 por cento”, o Benfica encaixou 5 golos. Logo a seguir, ante o V. Setúbal, mais 2 golos. Apenas Katso esteve em campo.Com a dupla refeita, a baliza encarnada seria rompida apenas uma vez – Olhanense, sendo esta a exceção desde o jogo de Atenas. Metalist (ambos suplentes não utilizados) e Trofense (Katsouranis castigado) também marcaram ao Benfica.

Recuperar o grego

Além do equilíbrio que conferem à equipa, Luisão e Katsouranis também valem golos, pontos e vitórias. O subcapitão conta 4 remates certeiros e o médio 3.Jogadores seguidos por clubes estrangeiros, os dois já explicaram que estão agora concentrados no Benfica. Katso, aliás, foi alvo de trabalho de recuperação, depois de ter mencionado o desejo de sair. Com o regresso ao meio-campo, o futebolista que se destacou no AEK reencontrou o protagonismo de outrora.Acertadas agulhas, Quique já reconheceu a importância dos dois elementos. E, em sinal de comunhão de interesses, estes também já destacaram o trabalho desenvolvido pela equipa técnica.