
Em vésperas do dérbi da Luz, com o Sporting, o Benfica assinou a primeira vitória oficial da época e aliviou alguma pressão sob os ombros. Essa, pelo menos, foi a preocupação de Quique Flores após o triunfo em Paços de Ferreira. Mesmo que a equipa encarnada tenha encaixado, pelo segundo jogo consecutivo, 3 golos. A permeabilidade defensiva será, aliás, o facto que tirará mais sono ao treinador espanhol, até pelas voltas e reviravoltas que Quique tem feito na constituição do seu quinteto recuado.Por força de castigos (Luisão e Katsouranis) ou lesões (David Luiz), o guardião Quim e o uruguaio Maxi Pereira – um médio-direito interior reconvertido a lateral-direito – são os únicos titulares totalistas da defesa esta época. Com um pormenor: Maxi até fez de lateral-esquerdo no aperto final do clássico com o FC Porto. Na esquerda, Léo foi surpreendentemente relegado para o banco no último jogo, enquanto no centro da defesa a rotação tem sido ainda maior.
Dupla teenager
Quique começou por apostar no par Luisão/Katsouranis (Rio Ave e FC Porto), alterou para Luisão/Sidnei (2.ª parte do FC Porto e Nápoles) e segunda-feira voltou a mudar para Miguel Vítor/Sidnei (P. Ferreira), uma dupla teenager (19 anos ambos e o brasileiro é sete dias mais velho que o parceiro português) que se perfila, para já, como a mais provável para o dérbi de sábado. A não ser que Katsouranis, de regresso à equipa após castigo, volte a ser opção para o centro da defesa.O voto de confiança de Quique nos seus jovens centrais foi evidente no final do jogo em Paços, reforçando o moral destes para o embate seguinte, precisamente frente ao Sporting. “Fizeram um dos melhores jogos do Benfica”, afirmou o treinador espanhol disfarçando, assim, as lacunas deste arranque de época: a falta de um segundo lateral-direito (Ruben Amorim fez a posição contra o FC Porto) e a ausência de outro central com o capital de experiência de Luisão.
8 golos sofridos
Frente ao Paços, o Benfica marcou 4 golos – um recorde esta temporada (pré-época incluída) – dois dos quais com a colaboração activa da defesa (Maxi e Jorge Ribeiro). Já Luisão havia marcado em Nápoles (derrota 2-3). Mas o saldo entre marcados e sofridos continua empatado: 8 para cada lado. São, de resto, estes 8 golos sofridos que mais perturbam a tranquilidade encarnada, apesar de alguns concedidos de forma infeliz, até mesmo pelo actual titular da baliza na Selecção Nacional.
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