sábado, 13 de setembro de 2008

Quique sabe como eliminar italianos


A carreira de Quique Flores conhece esta quinta-feira uma nova etapa. Com um acumular de experiências agridoces em competições europeias ao serviço do Valencia (eliminação na Intertoto em 2005/06; campanha proveitosa na Liga dos Campeões na temporada seguinte), o treinador espanhol estreia-se em Nápoles na Taça UEFA frente a um adversário geneticamente complicado.Primeiro, por se tratar de um clube italiano, que encerra, em si, os predicados do futebol cínico dos transalpinos (defesa e contra-ataque); e segundo, porque San Paolo é um autêntico inferno para os visitantes – ainda para mais, os napolitanos estão há muito arredados das noites de glória dos torneios do Velho Continente, perspectivando-se, então, um apoio fervoroso à equipa sulista. Difícil, portanto.

San Paolo e San Siro

Mas Quique sabe o que é triunfar frente a formações de Itália: em 2006/07, o “seu” Valencia eliminou o todo-poderoso Inter de Milão nos oitavos-de-final da Liga dos Campeões, com um empate forasteiro (2-2), seguido de nulo caseiro num final de encontro escaldante, com cenas de pugilato. Ayala, pupilo de Quique ao serviço dos “che”, recorda a eliminatória e projecta as dificuldades encarnadas em Nápoles.“Em Itália, é difícil, mas Quique Flores saberá o que fazer. Estivemos concentrados, fortes e lográmos dois golos importantes frente a um adversário dificílimo. E em San Siro. O treinador irá tranquilizar os jogadores, como sempre o fez, e dizer-lhes para desfrutarem o jogo. O campo é complicado, mas Quique já tem a experiência. Eliminou o Inter e só fomos ultrapassados pelo Chelsea”, considera o central do Saragoça que analisa a táctica do seu anterior treinador. “Vai jogar em 4x4x2 clássico, o seu modelo preferido. Não há grandes segredos, jogará com as linhas muito juntas e com uma enorme intensidade. O futebol, para Quique, resulta com velocidade e pressão sobre o adversário. Os problemas físicos? [no clássico contra o FC Porto]. É apenas uma questão de habituação”, confessa.

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