Quique Flores tece, em entrevista ao jornal “As”, de Espanha, rasgado elogio aos técnicos portugueses. O responsável pela equipa do Benfica, considerando que o treinador português “está preparado e acumula conhecimentos”, refere quatro companheiros de profissão, entre os quais os dos rivais.“Jesualdo Ferreira, do FC Porto, e Paulo Bento, do Sporting, podem treinar qualquer equipa do Mundo. São dos mais conhecidos, mas outros, como Manuel Cajuda, do V. Guimarães, estão a tocar na Champions e na Taça UEFA. É interessante o caso de José Mota, do Leixões, que está entre os quatro primeiros com um trabalho fenomenal. Trabalham, estudam, lêem, vêem futebol.”Afirmando sentir-se “feliz” por voltar ao activo, após a demissão do Valencia, Flores diz ter encontrado no campeonato português “uma classe alta muito localizada e, à semelhança de Inglaterra, Alemanha e Espanha, “uma classe média que começa a movimentar-se melhor, o que aumenta a dificuldade de somar pontos”. “É uma Liga em alta”, sintetiza.“A curto prazo tínhamos um desafio fundamental que era atrair os adeptos. Em três meses, conseguimo-lo: as pessoas voltaram ao estádio”, refere, sobre a missão no Benfica, destacando a eliminação do Nápoles. “Uma fase prévia com aroma a quartos-de-final que superámos.” A tarefa, porém, está longe de terminada, sublinhando o sucesso dos dragões: “ Têm um plano há anos e essa é uma vantagem que temos de reduzir. O plano 2006-2011 vai desde a contratação de jogadores, às vertentes económica e social. Têm poucas derrotas nas questões importantes e foram a equipa-referência em Portugal nos últimos anos.”
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