terça-feira, 18 de novembro de 2008

Os donos da bola


Quique Flores admite que os dois sistemas tácticos utilizados pelos encarnados ainda têm de ser aperfeiçoados mas, no final do jogo com os tricolores, garantiu que com o losango a equipa “tem mais a bola”. A análise aos 14 jogos oficiais disputados pelos encarnados confirma as palavras do técnico: quando o conjunto abdicou da vertente clássica, frente ao Aves e E. Amadora, a posse de bola ultrapassou os 60%.Com a nova alternativa, o Benfica ainda não apresentou um futebol atraente. Mas terá alguns ganhos em termos de consistência defensiva, como deu a entender o próprio treinador. “Não temos de correr muito para trás, pois temos mais bola.” Esta temporada, os dois desafios em que as águias alcançaram melhores registos jogaram-se na Taça de Portugal. Foi contra o Penafiel, equipa do terceiro escalão nacional, que surgiu a única partida em que o 4x4x2 clássico ofereceu posse de bola acima dos 60 por cento.Os méritos do losango também deverão ser analisados tendo em conta que surgem sempre em jogos no Estádio da Luz.

Aimar em alta

No losango também há a sublinhar o maior peso de Aimar, que joga na posição preferida e parece estar mais em jogo. No vértice ofensivo, atrás dos pontas-de-lança, foi o elemento que conduziu mais ataques (9, a par de Maxi Pereira) e concretizou mais sprints (13). Quando Quique Flores opta por utilizar o 4x4x2 clássico, o sul-americano é normalmente utilizado como segundo avançado ou pode jogar encostado à direita, mas esta medida será sempre utilizada como um recurso.

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