quarta-feira, 12 de novembro de 2008

Pernas para andar


Partidário do 4x4x2 clássico, estrutura que exige a presença de dois extremos, Quique Flores viu-se na contingência de defrontar o Aves com um meio-campo em losango (devido à ausência de Reyes), tão do agrado de Paulo Bento. A equipa respondeu bastante bem ao denominado plano B, o qual tem pernas para continuar a andar, caso (e sempre que...) o Benfica volte a deparar-se com falta de opções credíveis para as alas. Não parecendo estranhar a alteração táctica imposta anteontem, o conjunto da Luz cumpriu todas as premissas do jogo interior, o qual obriga os laterais, no caso concreto Maxi e Léo, a ocuparem as faixas em termos ofensivos; a acção concertada na zona central tendo em vista o apoio aos dois atacantes, levada a cabo por Carlos Martins e Aimar, este bem próximo de Tacuara e Pantera, também foi executada a preceito. A Taça de Portugal serviu, assim, para ressuscitar uma estrutura que em épocas recentes garantiu muitos êxitos na Luz.

Katso

O internacional grego assenta também como uma luva numa eventual reprise do losango. Não tendo chegado a sair do banco frente ao Aves, Katsouranis pode actuar nos vértices recuado ou direito do losango, embora as suas características combinem melhor com a segunda opção. É preciso não esquecer que é no lado direito do losango de Fernando Santos que o helénico melhores exibições conseguiu de águia ao peito. Este cenário poderia obrigar Yebda (interior direito anteontem) a derivar para o vértice recuado do meio-campo.Ruben Amorim é outra alternativa para a posição de médio interior, ele que até tem vindo a cumprir amiúde o papel de falso extremo no 4x4x2 clássico tão apreciado por Quique Flores.

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