
No final de novembro, a derrota do Benfica frente ao Olympiacos, na Grécia, foi tão estrondosa e humilhante que despoletou várias questões no futebol encarnado. As opções de Quique Flores eram criticadas mas um dos temas lançados à discussão foi, então, a ausência de Pablo Aimar, mais uma num futebolista frequentemente condicionado por lesões musculares.Em Atenas, à saída do balneário, Rui Costa lidava com os microfones e assumia que o caso do internacional argentino estava a ser “estudado”. Porquê? Interessava na altura perceber por que razão um atleta com as características de Aimar estava tão propenso a roturas ou microrroturas, ele que, segundo a sua reputação – e para os responsáveis benfiquistas – até é um atleta cuidado, bastante competente naquilo a que se chama o treino invisível, isto é, como se cuida, alimenta e descansa.Por exemplo, a forma como Pablo foi tratado no Saragoça, quando foi submetido a uma intervenção cirúrgica com o objectivo de corrigir uma pubalgia que lhe tinha sido diagnosticada, pela primeira vez, quando ainda jogava no Valencia, começou a ser alvo de desconfiança no Benfica. Pretendeu-se, então, mapear o historial clínico do jogador, perceber os protocolos de recuperação cumpridos, saber qual o tipo de medicação lhe foi administrada, confirmar qualquer origem das limitações físicas manifestadas – de resto, chegou a ser noticiado em Espanha a existência de contactos entre Benfica e Saragoça, com esse objetivo de investigar, informação depois desmentida por João Gabriel, assessor de imprensa das águias.
Finalmente o regresso
Depois da última paragem, Aimar regressou frente ao Marítimo, no início de dezembro. No último mês do ano, com a sua utilização a ser gerida ainda com pinças, apareceria somente em mais uma ocasião, frente ao Leixões, descansando depois nos embates com Metalist e Nacional, partidas em que nunca saiu do banco. Com a chegada de 2009, o Mago apresenta a melhor forma desde que chegou à Luz e soma a sequência de jogos – Trofense, Vitória de Guimarães, Sporting de Braga e Belenenses, descansando apenas frente ao Olhanense –, que indicia uma nova condição física, consequência da recuperação trazida do ano passado. Como ele próprio confirmaria na semana transata, os problemas físicos parecem ultrapassados...É a Aimar, em parte, que Quique Flores se refere quando realça a existência de futebolistas no plantel encarnado que podem apresentar níveis de rendimento mais elevados, de tal forma que nesta altura nem sequer se entende como uma prioridade o reforço da equipa na janela do mercado de inverno. O argentino parece responder, reencontra-se, e o jogo com o Belenenses, no sábado, deu mais um sinal disso mesmo.
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