
O muro foi derrubado há quase 20 anos mas, no Hertha, nem todos os alemães parecem possuir o espírito prático e metódico que tornou a RFA do pós-Guerra numa potência industrial e financeira.A pouco mais de 24 horas do desafio, nenhum jogador do Hertha possui o mínimo de informação sobre o Benfica. Alguns limitam-se a indicar os nomes dos internacionais que integram o plantem encarnado, mas ainda desconhecem os fundamentos tácticos da equipa orientada por Quique Flores e não têm a mais pequena ideia das características dos jogadores do conjunto português.O técnico dos germânicos, Lucien Favre, só iniciou a recolha de informação após o jogo de sábado com o Estugarda e, segundo foi possível apurar, só ontem começou a partilhá-la com os seus jogadores. Aliás, no início da semana, em conversa com os repórteres portugueses, confessou desconhecer Di María, que recentemente conquistou a medalha olímpica com a camisola da Argentina. No treino realizado ontem, o técnico suíço mostrou já ter descortinado o sistema táctico encarnado – colocou 10 bonecos no relvado com a mesma disposição que as águias costumam adoptar em campo.À partida, parece complicado compreender o quarto lugar na Bundesliga numa equipa que, em certos aspectos, parece roçar o amadorismo. Segundo Ricardo Costa, esta situação do Hertha “é pontual” e só é explicada pelo calendário acessível nas primeiras jornadas já disputadas. “Na Alemanha poucas equipas atingem o profissionalismo que se regista em Portugal. Só o Bayern de Munique, Werder Bremen, Hamburgo, Estugarda e Wolfsburgo são apoiados por departamentos de futebol altamente profissionais.”
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