
Não é nórdico embora seja alto (1,87), possante (77 kg) e loiro (pintado...) como alguns dos toscos escandinavos (Magnusson ou Manniche) ciclicamente recuperados no baú de memórias; nem é, tão-pouco, hispânico, apesar de ter entrado na Luz numa era em que o castelhano é o fio condutor das contratações (Quique, Suazo, Reyes e Balboa; Carlos Martins jogava em... Espanha). Dá, então, pelo nome de Hassan Yebda, é franco-argelino e contrasta com a geração anterior de magrebinos que estiveram ao serviço do Benfica (Tahar, Hassan ou Hadrioui) por gerar, para já, unanimidade entre crítica, adeptos e equipa técnica: o jogador do mês de Setembro para o Sindicato dos Jogadores é o futebolista com mais minutos de águia ao peito esta época (617) – titular nos desafios disputados até à data, excepção feita ao encontro da Taça (7) – e elemento nuclear do esquema do treinador espanhol. Um arranque surpreendente para quem chegou a custo zero, proveniente do modesto Le Mans (França), e se viu inserido num conjunto com alguns nomes sonantes.Diante do Hertha de Berlim, o camisola 26 regressará ao onze 17 dias depois do empate em Matosinhos. E fa-lo-á na máxima força: descansou frente ao Penafiel e não se desgastou em viagens ao serviço da selecção. Aliás, na equipa provável que subirá ao relvado do Olímpico de Berlim, apenas Jorge Ribeiro se encontra nestas condições. Será, portanto, ele o dínamo do meio-campo, devidamente resguardado pelo cerebral Kostas Katsouranis: o franco-argelino, neste momento, é o melhor intérprete da cartilha de Quique. Se o espanhol pede intensidade, Yebda responde: “Corro muito! Tenho um grande pulmão”, disse em entrevista a Record a 13 de Outubro
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