
O rádio do carro de Ricardo Costa passa música portuguesa. “Já ganhei o espírito de emigrante. Em Portugal só ouvia cd’s estrangeiros mas aqui ajuda a matar as saudades”, revela o internacional português que vive na pequena cidade de Wolfsburgo, com a mulher Paula e o pequeno Gabriel. A cumprir a terceira época no futebol alemão, o central formado nas escolas do FC Porto aceita o desafio de Record para revelar as lacunas do Hertha Berlim. “Posso ser um dragão vermelho por 24 horas… Quem sabe até por mais tempo”, acrescenta, enigmático.Com a camisola do Wolfsburgo, Ricardo Costa já empatou em Berlim e até marcou o primeiro golo da sua equipa. O resultado final foi uma igualdade a duas bolas, mas o defesa não ficou muito convencido com o potencial do Hertha. “Esse jogo foi atípico. Marquei no primeiro minuto e podíamos ter chegado ao intervalo a golear. Não o fizemos e, no segundo tempo, eles marcaram dois golos através de livres laterais. É nesse tipo de lances que o Benfica tem de ter muito cuidado. Nós facilitámos e só conseguimos empatar já no último minuto. São muito perigosos no futebol aéreo”, alerta.Na Alemanha, o central costuma acompanhar o desenrolar do campeonato português pelas transmissões via satélite e pela internet. Ricardo Costa conhece o potencial das duas equipas e não hesita em considerar o Benfica superior: “Por várias razões. Primeiro, o Hertha é uma equipa que defende mal. Os centrais são lentos e vão sentir muitas dificuldades perante as características dos avançados do Benfica. O Friedrich (internacional alemão) pode jogar na direita ou no centro, mas só faz o básico. O lateral-esquerdo é um jovem com pouca experiência. São especialmente permeáveis nos lances de um-contra-um e as diagonais curtas entram sempre na defesa. Os jogadores do Benfica, mais dotados tecnicamente, têm sempre vantagem”.
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